08/10/2010

A VIDA E A MENSAGEM DA CRUZ

“A moralidade e a religião podem manter os homens fora das cadeias, mas só a cruz de Cristo pode mantê-los fora dos pedestais de importância e das fornalhas do inferno. Quando a mensagem da cruz invade as profundezas do coração, a santidade nas igrejas sobe aos níveis mais elevados e a humildade, que é simplesmente a percepção da completa nulidade, assume o controle dos relacionamentos.”

1 - A cruz pré-histórica (Textos base: 1 Pedro 1:18-20; Apocalipse 13:8b)

A cruz é um assunto que antecede a criação. Ela faz parte dos planos originais e dos decretos eternos de Deus. Não se trata de um paliativo com o fim de reparar um desastre inesperado. O apóstolo Pedro mostra que o sangue de Cristo foi conhecido antes da fundação do mundo. A morte do Cordeiro de Deus era a alternativa escolhida na eternidade passada para satisfazer as condições da falência humana. Não há surpresas para um Deus Onisciente. A cruz não é um tapa buraco. É uma providência do amor de Deus deliberada no conselho eterno. No reino de Deus não há ambulâncias nem pronto socorro para acudir os acidentados, pois não há casualidades ou desastres.

A cruz não é um acidente na vida de Jesus de Nazaré. O apóstolo Pedro, no seu discurso no dia de Pentecostes, disse: “Sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos” (At 2:23). Não foram os romanos nem os judeus quem projetaram a morte de Jesus. Eles se tornaram meros executores dos intentos de Deus. A missão do Messias era clara. Sua encarnação não enfocava a cruz como um acontecimento imprevisto. Tudo estava bem profetizado e antecipadamente determinado. Jesus morreu pelo meu pecado, logo eu sou o culpado pela sua morte.

Desde o momento que Pedro fez a confissão espantosa de que ele era o Cristo, o filho do Deus vivo, “começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado ao terceiro dia” (Mt 16:21). Era para esse momento que ele havia vindo a terra (Jo 12:27). Quando o afoito Pedro, tomando a espada, tenta defender Jesus golpeando o servo do sumo sacerdote, o Senhor declara: “Como, pois, se cumpririam as Escrituras, segundo as quais assim deve suceder?” (Mt 26:54). A crucificação de Cristo foi decretada no céu antes dos tempos para se concretizar na história, na plenitude dos tempos. A cruz antecede a criação e o surgimento do pecado. A salvação precede a queda.

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